segunda-feira, 27 de julho de 2015

A beleza da gratidão e a gratidão à beleza

A beleza da gratidão e a gratidão à beleza
Por Matheus Loures
Imagina que alguém te deu um presente, alguém que poderia estar fazendo um zilhão de outras coisas decidiu criar uma moldura no tempo para expressar o quanto gosta de você. Daquele que recebeu, espera-se uma resposta, o desabrochar da gratidão.
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Agora pense em como é absurdo se a pessoa dirigisse a resposta ao próprio presente: “muito obrigado, ó divina caixa de chocolates, pois foi do seu agrado apresentar-se a mim para que eu saboreie de seus misteriosos e transcendentais sabores”. Pois é… isso é o que fazemos quando desfrutamos do belo, na natureza ou nas artes, e não reconhecemos que se trata de um presente do próprio Criador, para “nooossa alegria” (literalmente).
Portanto, não vamos nos perder na tendência do “sou grato à natureza, sou grato à arte, elas alimentam minha alma com seu poder libertador”. A experiência da beleza é somente uma janela para se avistar Aquele que esta além da criação, de Quem flui tudo que é belo e libertador. Entretanto, isso a concede uma nobre importância, uma valorização de tudo que é bonito, uma devida reverência nos momentos de beleza, pois Deus está comunicando algo e nos dando algo de si, pelo qual nossa alma está sedenta.
Vamos pisar no freio, desacelerar nossas vidas, ressignificar nossos conceitos de lazer e bem viver, para que nossa percepção seja aguçada e nossa alma tocada por tudo o que é belo. Para que desfrutemos da intensidade do pôr do sol, do ritmo das ondas do mar, da espontaneidade do vento que balança os coqueiros, do refrigério da cachoeira; da intensidade dos brincantes e foliões, do ritmo dos tambores, da espontaneidade de um palhaço, do refrigério de uma boa música.
Vamos fechar os olhos. Abraçar a tudo isso, vivenciar com intensidade. E ao abrir os olhos ver apenas o Pai das luzes. Provavelmente nos prostraríamos, mas, quem sabe conseguiríamos correr e nos atirar em seus braços. Novamente não enxergando, mas, agora por causa das lágrimas, guardando o ultimo fôlego para dizer: “Obrigado, muito obrigado… foi tudo lindo!”. Enfim, as coisas são muito mais pessoais do que se pensa.

Fonte: www.ultimato.com.br

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Estrada ou caminho?

Estrada ou caminho?
Por Jeverton “Magrão”
O ser humano vive suas constantes indagações num mundo apressado, questionador e cheio de cobranças por resultados. Persiste o sentimento de que ainda falta alguma coisa. Continuamos correndo e seguindo pela estrada onde tudo se torna urgente. Mas onde estão nossas reais prioridades? Será que nos esquecemos do que realmente importa?
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Há anos tenho buscado entender essa dinâmica e fazer o exercício de seguir pelo caminho que nos permite apreciar a paisagem, as pessoas, suas realidades, sentimentos, emoções, desejos e sonhos.
Quando era pequeno, eu viajava sentado no banco de trás do carro. Contrariando a ordem de dirigir alta velocidade, papai ia mais devagar para que eu pudesse contemplar toda beleza por trás daquela viagem.
A estrada impõe velocidade e não sobra tempo para a contemplação, a observação e o encontro. Quando não passamos em largo e decidimos realmente caminhar, somos surpreendidos pelo outro, o outro que por vezes está a espera de socorro.
Confesso que por vezes ainda me vejo pegando a estrada que me afasta, me fecha no pequeno espaço do “eu”. Me questiono se, ao escolher a estrada, eu não me distancio da minha humanidade e começo a perder a capacidade de sentir. Me volto apenas para as minhas próprias buscas e desejos numa corrida alucinante e desenfreada para  preencher algo dentro de mim que jamais conseguirei. A estrada pode ser o acesso mais rápido, mas com certeza corremos o risco de ir para lugares indesejados.
É tempo de rever o caminho e escolher a direção que nos conduzirá a um lugar seguro. Esse lugar não eliminará todos os meus questionamentos, mas me permitirá ter esse encontro com o real, com o que, de fato, importa e um melhor conhecimento do “eu” que vive em constante conflito interno.
Desligue-se da correria. Viva, contemple o céu, o mar, as flores. Chega de tantas cobranças, permita-se viver dias lindos e leves.
Texto retirado do site www.ultimato.com.br.
• Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e pastor de jovens.

terça-feira, 14 de julho de 2015

A semente, a árvore e o fruto

A Semente, a árvore e o fruto.
[Eclesiastes 11.6; Jeremias 17.8; Lucas 6. 43-45]
Andamos sempre com pressa, sempre preocupados, não temos tempo nem para “observar os lírios dos campos”. Corremos atrás de tudo que julgamos necessário e esperamos tudo o que nos deixariam felizes.
O fruto de uma árvore é apenas a consequência de um dedicado trabalho em preparar a terra e semear, assim como as boas obras daquele que “nasceu de novo” é o resultado de uma vida em crescimento espiritual.
Todo crescimento, seja no campo ou na vida, tem o seu início com pequenas sementes. Usarei alguns elementos, como a semente, a árvore e o fruto, para ilustrar o desenvolvimento da vida cristã.
Quem já teve a experiência, mesmo que por um curto tempo, de semear uma semente, sabe que existe um cuidado especial na terra em que será plantada. O próprio Jesus, em uma das suas parábolas, conta que uma sequência de sementes foi lançada em diferentes solos e apenas uma encontrou uma terra adequada para o seu desenvolvimento.
O Evangelho é a semente que fará germinar a fé. A partir daí, Deus dá início a uma obra que a cada dia irá se completando.
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Um evangelho instantâneo só serve para deixar os crentes mais vazios. Um macarrão instantâneo até resolve o problema da fome daquele que está com pressa, mas infelizmente, o apressado e faminto não recebe os nutrientes que precisa e pouco depois já sentirá mais fome. Quando isso acontecer, só uma alimentação mais substancial suprirá sua carência. Desse modo, uma semente não se tornará árvore da noite para o dia; assim como o barro não se tornará vaso em um minuto.
A Palavra lançada não voltará vazia, antes, ela fará aquilo para que foi designada, ainda que o seu processo de mudança, muitas vezes, seja doloroso. Uma ostra só libera a pérola quando, em seu interior, ela é agredida.
A mesma Palavra que abriu a ferida a cicatriza. A mesma Palavra que mostra a condição do homem como pecador revela a Graça. A mesma Palavra que quebranta o coração, o refaz.
A semente se desenvolve até alcançar sua forma adulta — nesse caso, uma árvore.
A árvore passa por determinadas estações que a transformam. Algumas estações a deixam mais bonita; outras, no entanto, fazem-na perder suas folhas revelando, assim, suas imperfeições.
As mudanças de estações, ainda que atinjam a árvore, não a fazem deixar de ser árvore. O tempo não a faz perder a essência, pois enquanto ela estiver com suas raízes ligadas à terra, ela passará por todas as estações e, no tempo certo, produzirá seus frutos. Como o próprio Jesus disse, as aves do céu se abrigarão nela.
Para todo o bom desenvolvimento de uma árvore é necessário dois critérios: o primeiro é ter suas raízes ligadas a uma fonte de nutrientes. De igual modo assim acontece com a fé cristã. À medida que conhecemos a Deus mais aprofundamos nossas raízes, e dessa maneira, assim como a árvore, podemos passar por todas as estações sem abandonarmos nossa fé cristã. O segundo critério para o desenvolvimento da árvore é podar os seus ramos. Tiramos da árvore seus ramos velhos e estimulamos a produção dos seus frutos.
Temos a necessidade de deixarmos de lado a natureza do “velho homem” e permitir que a natureza do “segundo Adão” tome forma em nós. As atividades espirituais, que parecem tão comuns aos crentes, como frequência nos cultos, leitura da Bíblia e oração, nos fazem conhecer mais das nossas fraquezas e, consequentemente, mais da Graça de Deus que nos ajuda a renunciar ao pecado. Assim, somos podados. Nos diminuímos para que Cristo cresça em nós e assim damos mais frutos.
Todos esses cuidados com a semente e o seu crescimento são para que alcancem um resultado: o fruto. Fomos criados para dar bons frutos. Certa vez, Jesus, amaldiçoou uma figueira que não dava frutos. O que se espera de uma árvore frutífera são os frutos. O que se espera de novas criaturas são bons frutos. Só oferecemos frutos de acordo com a nossa natureza. Como posso esperar que um espinheiro dê figos? Assim, não posso esperar que alguém que não conhece a Deus ofereça o amor. Não falo do amor na sua forma platônica, de estar apaixonado por alguém. Me refiro ao amor que perdoa, que chora com os que choram, que levanta o caído e consola o abatido.
Para quem já estudou botânica, entende-se que o que importa em uma planta não é seus frutos, mas sim sua semente. O fruto é como se fosse uma bolsa, uma proteção para a semente que dará continuidade àquela espécie. Ainda que se esperem bons frutos daqueles que nasceram de novo, nada adianta suas boas obras, se nelas não conter a vida de Jesus, a semente da sua Palavra.
Um exemplo claro dessa continuidade de vida está descrito na profecia de Isaías 53, quando o Cristo viu o fruto do seu penoso trabalho e ficou satisfeito. A Igreja é o fruto da cruz, portanto, em nós está contida a semente da vida de Jesus. Vamos passá-la a diante.
Texto retirado do site "www.ultimato.com.br"
Escrito por: 
— Fabrícia Soares mora em Teixeira de Freitas (BA) e escreve em seu blog.


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Tipo assim, o que vou ser quando crescer?

Tipo assim, o que vou ser quando crescer?
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Na hora de escolher uma carreira, o seu jeito de ser e a sua personalidade são aspectos a serem levados em conta, mas não podem ser fatores determinantes na questão. Escolhas existem porque somos livres e temos a capacidade de pensar no que queremos. Quanto à carreira, não é diferente: “As abelhas sempre construirão colmeias, as formigas os formigueiros, as aranhas, as teias, e o homem não: o Alexandre será analista de sistemas, a Vilma psicóloga, o Gustavo arquiteto etc”.*
Realmente não acredito que haja tipos de personalidade que correspondam a tipos de profissão. Nada na vida é estagnado. Temos interesses diversos, além de muitas potencialidades, algumas das quais ainda não exploradas. Por isso, não deixe de escolher uma profissão apenas porque você acha que não reúne as características necessárias para exercê-la. Moisés antes de aceitar a missão hesitou. Na época, ele cuidava de um rebanho de ovelhas e tinha 80 anos quando passou por uma marcante experiência com Deus. Sua missão era libertar o povo de um longo cativeiro. Sua primeira impressão foi “Estou fora, isso não é para mim mesmo”. Moisés não esperava uma manobra radical em sua vida: Deus transforma o assustado Moisés em um verdadeiro líder.
Já passou por alguma manobra radical em sua vida? Não tente se esconder atrás de desculpas, confie e caminhe. Cumpra tarefas em áreas que você não tem muita experiência. Pense que a pergunta a ser feita não é “Que carreira combina mais comigo?”, mas sim, “De que forma posso contribuir?”.

Texto retirado do site "www.ultimato.com.br"

Jeverton “Magrão” Ledo é autor de “Minha Escolha Profissional — o que Deus tem a ver com isso?” (Editora Vida). jeverton.ledo@gmail.com

Escola Bíblica Dominical

Escola Bíblia Dominical
Atitude – Revista do Jovem Cristão – As Doutrinas Batistas
Nesse trimestre nós vamos estar aprendendo mais sobre como é a Doutrina Batista e várias outras coisas interessantes.
Lições:
  • As Escrituras Sagradas
  • Deus – Pai, Filho e Espirito Santo
  • O homem e o pecado
  • Eleição e salvação
  • O reino de Deus e a igreja
  • O batismo e a Ceia do Senhor
  • O dia do Senhor
  • Ministério da Palavra
  • Mordomia Cristã
  • Evangelização, missões e educação religiosa
  • Liberdade religiosa e ordem social
  • Família
  • A morte, justos e ímpios


Convido a todos para estarem participando conosco todos os domingos pela manhã às 9h na 1ª Igreja Batista (Av. Cunha Bueno 280).

quarta-feira, 24 de junho de 2015

A espera

A espera
Ao começar a escrever, não consigo deixar de colocar minhas próprias indagações e questionamentos quanto ao momento no qual me encontro.
Não seria diferente agora, onde a “dor” da espera toma o meu ser, e faz com que eu perceba minha fragilidade e impotência diante das adversidades da vida. Esperamos muitas vezes por uma resposta, um milagre.
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Chegamos ao ponto de crer que tudo acabou e que agora é o fim, mas o fim de quê, na verdade? Somos tomados e enredados nas situações que perdemos a noção, o equilíbrio e a certeza do olhar atento do “Aba Pai”.
Com certeza, você já enfrentou uma situação onde se viu sem saída, sem saber para onde ir, e pensou: “onde está Deus? Será que Ele se esqueceu de mim? Não estaria ele tão distante ao ponto de escutar meu clamor, e perceber meu desespero? ”.
É engraçado como nos esquecemos dos livramentos diários, por vezes imperceptíveis, das alegrias vividas, das pessoas que estão ao nosso lado. Achamos que nossa caminhada é solitária.
Esperar é um exercício difícil. Vivenciar esse tempo nos exige exercitar nossa fé, nos desarmarmos e, por fim, nos entregarmos. Parece fácil não é mesmo? Como eu queria que fosse…
Permitir expor nossa situação é o “start” que todos precisamos para recobrar a lucidez, perceber que a vida não acabou e continuar a caminhada.
Em algum momento isso tudo vai passar e, após o vendaval, nos restará a convicção de que o sofrimento nos amadureceu, fortaleceu e mostrou que Deus sempre esteve perto, velando por nós.
Enfrente esse seu momento, não tente se esconder, fingir que nada está acontecendo. Faça aquilo que só você pode fazer e nunca se esqueça de agradecer pelo fato de poder esperar, pois a revelação da parte de Deus para mim e para você chegará no momento certo. O relógio de Deus nunca informa a hora errada.
Texto retirado do site www.ultimato.com.br
Escrito por:
Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e capelão escolar.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Jesus não topou o "jeitinho brasileiro"

Jesus não topou o “jeitinho brasileiro”
Nesses últimos dias tenho refletido bastante sobre a espiritualidade cristã.  Meu diagnóstico quanto a esse assunto não foi muito agradável. Temos visto uma gigantesca onda de apatia espiritual, um enorme abismo entre a teologia e a oração, e a ausência de integridade e coerência entre nossas convicções e a vida.
Os cristãos do século 21, principalmente os jovens, vivem um grande desafio diário para manter o foco numa espiritualidade cristã, bíblica e saudável. A cruz de Cristo, sem dúvidas, representou uma escolha, um caminho que Jesus decidiu trilhar: o caminho da obediência e fidelidade ao Pai. A espiritualidade cristã requer obediência.
Em Mateus 4, o diabo propõe uma maneira para Jesus “ser” o Messias, um “jeitinho brasileiro”, como poderíamos dizer em nossos dias. Um caminho tentador, de muitas facilidades para que Jesus pudesse balançar e ceder. Transformar pedras em pães, pular do alto do templo e contar com o amparo dos anjos e “receber” toda autoridade tanto política, quanto financeira sobre todos os reinos e nações existentes. O que você faria nessa situação? Reflita um pouco sobre o contexto da situação. Fazia 40 dias que ele estava em jejum, esgotado fisicamente, porém fortalecido espiritualmente. É natural que um ser humano tivesse fome, e foi isso que Jesus sentiu naquele momento. Se Jesus tivesse aceitado a oferta do diabo, num piscar de olhos teria uma massa de admiradores, pessoas famintas encontrando pão pelas ruas e estradas, encantadas com sua autoridade sobre os anjos e seres celestiais e com seu governo e poderio ditando as novas leis políticas e econômicas. Seria um atalho para estabelecer seu reino entre os homens.
Este não era o caminho de Deus. O reino que Ele nos oferece precisa nascer primeiro dentro de nós. As mudanças não acontecem rapidamente, de cima para baixo e nem de fora para dentro. É um reino que surge como uma pequena semente, que leva tempo para crescer e dar seus frutos. Não é imposto de maneira alguma, antes é aceito. Não é por força do poder, mas pelo coração quebrantado e a mente transformada pela “metanoia” causada através da Palavra de Deus em nós. O Rei deste reino não fica sentado em seu trono olhando todas as coisas que se passam, mas ele desce, habita entre nós como um servo e nos ensina a maneira correta, santa, justa e fiel de como um verdadeiro cidadão do reino deve viver (Fp 2.5-7).
Assim como Jesus, devemos sempre estar firmes (1 Co 16.13) na Palavra e sermos fiéis ao Pai em todo tempo. Não se sinta inseguro ou com medo, caminhe olhando para alvo: Jesus, pois ele nos garante estar conosco para sempre!
Texto retirado do site “www.ultimato.com.br
Escrito por:
Diego da Silva Barros é administrador de empresas, com pós-graduação em gestão empresarial e cursa o último semestre de bacharelado em Teologia. É casado com Cléo Barros e pai de Mateus Barros. Líder do Ministério de Louvor da Igreja Adventista da Promessa em Piedade (RJ).